quinta-feira, 26 de junho de 2008

Começar bem é muito bom!

Caro amante do Basquetebol, é com alegria e entusiasmo que recebi o convite para ser colunista do Pratica Basquete.

Acredito que a escola deve ser o berço do esporte. O lugar onde damos os primeiros passos e nos preparamos para um futuro pleno, seja como esportista dirigente ou simplesmente como pessoa que torce, incentiva e apóia o esporte. Minha crença se baseia no simples fato de ser a escola o local natural para uma criança desenvolver suas habilidades cognitivas, motoras e sociais. Se a escola preparar-se para oferecer as condições necessárias, ela realmente será imbatível na preparação de futuros atletas e cidadãos.

O que me encanta na escola é o aluno, a sua capacidade de aprender, de entregar-se ao novo com alegria e dedicação e, principalmente, a sua vontade de acertar, de fazer correto. Ao professor, cabe criar um ambiente que possibilite a aprendizagem. À direção da escola, planejar e oferecer as condições necessárias para que aluno e professor possam desenvolver seus potenciais.

O professor terá vários momentos para priorizar determinado aspecto. O primeiro passo é cativar, seduzir, atrair, ganhar a simpatia do seu aluno. Fazer com que a relação entre professor e aluno seja de afeto, respeito e confiança. Isso adquiri-se com palavras e ações, demonstrando que todos serão respeitados em suas limitações, que acima do “fazer bem” está a dedicação. O professor deve valorizar e estimular a dedicação com a qual o aluno se entrega à atividade, reconhecendo isto diante do grupo, deixando claro que o esforço para fazer está acima do fazer bem feito.

O reconhecimento para quem é hábil é natural, todos admiram, olham, falam, querem fazer parte do mesmo time. O professor deve equilibrar este fato enfatizando a dedicação de cada um.

Este ambiente, onde o erro ao aprender é aceito como normal e faz parte do processo, onde o erro não se torna pressão, faz com que todos se sintam a vontade para tentar se abrindo cada dia para o novo. Se expondo muitas vezes a situações ridículas sem a vergonha do não conseguir. Começamos assim a desenvolver outro ponto essencial, “o sentido de equipe”. Um colega se comprometer com o aprender do outro, aprender a respeitar que cada um tem seu próprio tempo. Quando o professor consegue estabelecer um ambiente em que errar faz parte do processo de aprender e a vontade de acertar é que vale, acertar se torna mais fácil.

Uma vez cativado o aluno, o professor deve se concentrar em motivá-lo. Despertar seu interesse e sua curiosidade pelo esporte, sem perder de vista os fatores idade, sexo e situação sócio-cultural, entre outros. A identificação do que motiva o grupo e cada um dos alunos é uma tarefa importante para que eles conquistem sucesso e alcancem metas.

Cativar e motivar estão intrinsecamente ligados, e são tarefas prioritárias para uma boa iniciação no esporte. Um aluno seduzido e motivado para o esporte estará pronto para superar as dificuldades e, começar bem, é sempre bom.
Marco Costa